quinta-feira, 8 de novembro de 2012
quinta-feira, 11 de outubro de 2012
Ciclo
Começa devagarinho, preguiçoso, como um broto que sai da terra, tímido e pequenino. Vai criando seu espaço, vai se mostrando. Então vem forte, tal qual uma enxurrada. Manifesta-se em diversas formas. É tanto que até se perde, desperdiça, não dá conta. Vem de todos os lados, de qualquer sinal, qualquer partícula de qualquer coisa insignificantemente inspiradora. Quer sair, aparecer: "ei, estou aqui!" Cresce num movimento rápido e intenso, mal pode conter-se. Cresce, cresce, cresce... e estagna. Então, o ritmo diminui. Às vezes lentamente, às vezes de repente. Vai diminuindo, diminuindo... e para. Como se atingisse o clímax e precisasse descansar. Os poucos resquícios agora dormem profundamente. Quase-morte. De onde vinham antes, não mais vêm. Tudo é nada. Nem mais um traço, um estalo, uma faísca. Nada, nada.
terça-feira, 7 de agosto de 2012
domingo, 24 de junho de 2012
segunda-feira, 18 de junho de 2012
Não dizer no dizer. Dizer no não-dizer. Não dizer é dizer? Queria dizer, mas não diz. Não? Diz. Querendo não querer, querendo não parecer que quer, não querendo querer. Fica, então, o não-dito pelo dito, o que não foi dito (mas foi!) naquilo que disse. (Existe o indizível?) No fim, disse tudo. Só corre o risco de não ter sido apreendida, captada, percebida.
quarta-feira, 13 de junho de 2012
Entre as estrelas...
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u u d o *
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quarta-feira, 30 de maio de 2012
Comunicar-te
Desejos, sensações, linguagens: nosso corpo é um instrumento
de infinitas possibilidades. Percebemos o mundo e nos mostramos a ele através
das linhas, das nuances, dos sentidos que ultrapassam nosso domínio e nossa
compreensão. Desvelamo-nos por meio da palavra, do gesto, do movimento; somos
um todo em cada detalhe que não percebemos, em cada fragmento que nos compõe. É
essa mistura que nos apresenta ao outro, e é ela o que do outro apreendemos nesse
fascinante emaranhado que é o universo da comunicação.
segunda-feira, 21 de maio de 2012
Para ser aceito
Ninguém quer ser
normal, mas
"preciso me aproximar do padrão".
Só que ninguém quer estar
enquadrado
na normalidade.
(Alguém me explica?)
Fugir à regra,
ser autêntico: distinção.
Autenticidade de tantos, que acaba sendo
banal
e comum.
Deixar, então, o singular,
para ser plural novamente.
Do trivial ao excêntrico, ao trivial.
normal, mas
"preciso me aproximar do padrão".
Só que ninguém quer estar
enquadrado
na normalidade.
(Alguém me explica?)
Fugir à regra,
ser autêntico: distinção.
Autenticidade de tantos, que acaba sendo
banal
e comum.
Deixar, então, o singular,
para ser plural novamente.
Do trivial ao excêntrico, ao trivial.
quarta-feira, 16 de maio de 2012
sexta-feira, 11 de maio de 2012
Harmonia:
- ar, mania!!
(Li que usar ponto de exclamação numa sentença é como rir da própria piada. Do tipo "isso faz muito sentido!!!" Então cabe.)
(Li que usar ponto de exclamação numa sentença é como rir da própria piada. Do tipo "isso faz muito sentido!!!" Então cabe.)
sexta-feira, 27 de abril de 2012
terça-feira, 24 de abril de 2012
sábado, 7 de abril de 2012
sexta-feira, 6 de abril de 2012
segunda-feira, 26 de março de 2012
Página 66
- Você nunca sentiu a sensação de ter em si alguma coisa que, para se exteriorizar, espera somente que você lhe dê a chance? Uma força excedente que você não esteja utilizando, assim como aquela água toda que se precipita na cachoeira em vez de passar pelas turbinas?
Dirigiu a Bernard um olhar interrogativo.
- Você se refere às emoções que sepoderia experimentar se as coisas fossem diferentes?
Helmholtz sacudiu a cabeça.
- Estou pensando numa sensação estranha que experimento às vezes, a sensação de ter alguma coisa de importante a dizer sem poder exprimi-la... só que eu não sei o que é, e não posso utilizar esse poder. Se houvesse algum outro modo de escrever... Ou, então, outros assuntos a tratar... - Calou-se; depois: - Você vê, eu sou bastante hábil em inventar frases, quero dizer, essas expressões que nos dão um sobressalto, quase como se a gente se sentasse sobre um alfinete, tão novas e excitantes elas parecem, muito embora se refiram a alguma coisa hipnopedicamente óbvia. Mas isso não parece suficiente. Não basta que as frases sejam boas, seria preciso que o que delas se fizesse também fosse bom.
Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley
Dirigiu a Bernard um olhar interrogativo.
- Você se refere às emoções que sepoderia experimentar se as coisas fossem diferentes?
Helmholtz sacudiu a cabeça.
- Estou pensando numa sensação estranha que experimento às vezes, a sensação de ter alguma coisa de importante a dizer sem poder exprimi-la... só que eu não sei o que é, e não posso utilizar esse poder. Se houvesse algum outro modo de escrever... Ou, então, outros assuntos a tratar... - Calou-se; depois: - Você vê, eu sou bastante hábil em inventar frases, quero dizer, essas expressões que nos dão um sobressalto, quase como se a gente se sentasse sobre um alfinete, tão novas e excitantes elas parecem, muito embora se refiram a alguma coisa hipnopedicamente óbvia. Mas isso não parece suficiente. Não basta que as frases sejam boas, seria preciso que o que delas se fizesse também fosse bom.
Admirável Mundo Novo - Aldous Huxley
domingo, 25 de março de 2012
sábado, 24 de março de 2012
Por que buscas tantas respostas? A beleza da dúvida, da incerteza, me inebria. O devir me fascina. Embriago-me no mar do incerto; navego sem rumo, deixo-me levar. Não há a necessidade de saberes disso tudo assim, tão depressa. Não corras. O que é imprescindível, menina, tu sabes. Te permite fluir. Deixa teus rastros, teus restos, teus passos, teus cantos, encantos. Deixa-os por todos os cantos, em todos os ventos, lentamente, para que possas sentir. Acalma tua sede de saber. Deixa-te descobrir e seres descoberta, pouco a pouco, assim, ao acaso, sem ensaio, sem cena. Para e observa a beleza do percurso. Admira-o. As respostas hão de vir com o tempo. Mas, se não vierem, aproveita tua estadia na incerteza. Desfruta-a. Fértil deserto de sensações.
sexta-feira, 16 de março de 2012
São memórias tão reais do que nunca aconteceu.
update (05.abril.2012):
"Imaginar não é como já ter vivido?" Nick Farewell
"Imaginar não é como já ter vivido?" Nick Farewell
quinta-feira, 8 de março de 2012
quarta-feira, 7 de março de 2012
Escrever, ou não? Sentir, chorar, sentar, pensar, não conseguir... conseguir, sim. Conseguir... o quê? Aonde isso vai chegar, que caminho é esse? Onde isso vai dar? Valeu a pena, deu certo, ou não. Vale a pena? Vai dar certo, ou não? Certo? Pra quem? Pra quê? O que é isso, afinal? Nó. Livre? Do quê? Mais prisão do que liberdade, prisão... a prisão sou eu.
domingo, 26 de fevereiro de 2012
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