domingo, 24 de outubro de 2010

Ser-se

Autenticidade: taí uma coisa muito dificil de carregar. Ser você mesmo, o tempo todo... quem consegue?

Não por ser, simplesmente, pois isso seria muito fáci. Ser, por si só, para si só, é simples. E ser para os outros? Não é sempre que queremos que nos vejam desse ou daquele jeito, que pensem que somos desse ou daquele jeito. Mas... por quê? Qual o problema em não atender expectativas, em cometer deslizes, em não ser perfeito aos olhos alheios? Por que temos medo de SER, afinal?

Para que sejamos aceitos socialmente. Porque não vivemos sozinhos. Somos seres sociais, e dependemos disso para viver: ninguém vive só. Mas, me diz, qual seria o problema em aceitar os "defeitos" dos outros? (Esses entre aspas, pois tudo é relativo.) Qual a real necessidade de apontar, conceituar, avaliar, resumir, limitar?

Bem que poderia ser tudo assim, simples, sem julgamentos, sem defeitos ou qualidades, sem máscaras e medos. Ser-se, assim, seria natural. Viveríamos a essência, o que há dentro de cada um de nós, sem esperar resposta ou reação... Olharíamos no espelho e veríamos a nós mesmos. Mesmo que esse "eu" de verdade seja cada dia diferente, mutável e inconstante.

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